sexta-feira, 23 de agosto de 2013

"Festa de Formatura" para menores de 18 anos

A atual situação em que se encontra a educação pública no Brasil é algo devastador, e nós pais que temos um pouco de condições não queremos nem imaginar nossos filhos estudando nessas escolas, pois acreditamos que ao colocarmos nossos filhos em escolas particulares, eles terão mais chance no futuro.

Bem é assim mesmo que eu penso, e é essa a realidade mesmo, e gostaria de relatar aqui algo paradoxal que podemos vivenciar neste contexto:

- Quem nunca recebeu um comunicado em sua casa que seu filho está chegando atrasado nas aulas?
E o pior o culpado somos nós mesmos porque na maioria das vezes as crianças são levadas para escola por nós.
- Quem nunca recebeu um comunicado que é inadequado seu filho ir a escola sem o uniforme completo?
E o problema de novo se volta para nós que trabalhamos muito e nem percebemos isso.
- Quem nunca ouviu numa reunião de pais que a escola é um lugar onde a ética e a moral precisam estar num padrão elevado?
- Quem já não se deparou com um relatório bimestral onde seu filho mesmo tendo altas notas (exceções é claro) tem alguns pontos que o reprovam, como conversas paralelas, brincadeiras indevidas, falta de atenção em alguma matéria, falta de interesse em outras, respostas inadequadas a professores, etc...??
- Quem nunca foi surpreendido com um bilhetinho dizendo que seu filho está praticando bulling ou sendo vitima dele?

Bem é por essas coisas que deveríamos acreditar que essa escola está ensinando sobre responsabilidades, direitos, caráter, princípios de cidadão, respeito e tantos outros, porém, tudo que se é construído, as vezes de uma forma até adequada, pode desabar por completo na hora dos preparativos para uma formatura de Colação de Grau.
É isso mesmo o que tenho visto, e não são poucas as instituições particulares que cobram tanto dos seus alunos, de uma forma até rígida quanto a princípios,  que na sua Festa de Formatura ensina completamente o contrário do que pregou até então.

Vou explicar:
Nosso Brasil possui leis que devem ser cumpridas, nós achando boas ou ruins, e devemos aprender isso também nas escolas, pois bem, há uma lei que diz que se "É Proibido a Venda de Bebidas Alcoólicas a menores de 18 anos", e na quebra dessa lei nessas festas de formatura é onde são derrubados os princípios que ensinaram por mais de uma década nas escolas. Alguém pode dizer: -Mas não vendemos bebidas para menores nas festas de formatura..- Eu digo - mas compraram para eles. - Haver bebidas alcóolicas em formaturas de adolescentes de 14 anos ( colação do nono ano) ou 17 anos (colação do terceirão) é uma ultraje falta que as escolas particulares vem cometendo nos nossos dias.
Ali eles poderão beber o quanto quiser, é dia de festa, mais uma etapa cumprida de suas vidas. Um absurdo que os pais coniventes permitem e que infelizmente receberão a colheita garantida desta semente plantada. Ou seja no futuro ou mesmo tendo que levar seu filho carregado para casa ou semi acordado.

Infelizmente os pais que se preocupam com isso, terão de se calar (devido ao constrangimento que os responsáveis pela festa os coloca) e ainda pagar pelo que os filhos dos outros irão beber, e ainda terem o trabalho de olhar bem (vigiar) para que seu filho não cai nessa cilada também.

Quantos princípios cobrados, quanta pressão durante anos, e esse deslize me faz ver que as escolas estão mais preocupadas com o faturamento e não com as pessoas que formarão.

Eu tenho convicção que não é necessário nenhuma gota de álcool para proporcionar alegria em data nenhuma que seja, muito menos misturada à adolescentes que ainda não estão preparados para entenderem o que o álcool pode fazer em suas vidas. Que Deus proteja os nossos filhos. E que o que é para ser alegre não se perca em tantas bebedices que adolescentes nem se lembrarão o que estavam comemorando devido ao porre e a amnésia que o álcool provoca depois. E que eles possam entender que alegria é muito mais que um copo de bebida.


quarta-feira, 3 de julho de 2013

Aprendendo com Gideão

Texto: juízes 7: 1 a 9

> Introdução : Depois da morte de Josué, o povo de Israel passou por mais de três séculos nos quais não havia rei em Israel e cada um fazia o que achava mais reto. (Juízes 17:6 e 21:25)

> Durante esse período se repetia um ciclo:

> 1- o povo obedecia a Deus por algum tempo;
> 2- o povo se afastava de Deus;
> 3- como alerta ao povo rebelde, Deus permitia que um povo inimigo o oprimisse;
> 4- o povo se arrependia e pedia libertação;
> 5- Deus mandava juízes que livrava os povo das mãos dos inimigos;
> 6- o povo obedecia por um tempo...
> ....
> Gideão foi o quinto juiz ou libertador de Israel, ( juízes cap. 6, 7 e 8)
> De sua vida podemos aproveitar algumas lições bem valiosas para a nossa vida:

> 1- Ele era um homem valente para Deus, porém era nada aos seus próprios olhos;

> Os midianitas oprimiam o povo de Israel já por sete anos, eles subiam a cada ano e tomavam toda a colheita dos hebreus, tudo do campo, os animais, eles devastavam as plantações. Para sobreviver os israelitas escondiam os alimentos do inimigo e Gideão estava preparando comida para esconde-lá, quando o anjo do Senhor apareceu a ele. Imagine esse homem trabalhando com medo do inimigo sendo interrompido pelo anjo...
> O Senhor é contigo, homem valente...(juízes 6:12), pela sua resposta parece que ele nem ouviu direito o que o anjo tinha dito: - homem valente, 
> Ele então entrou em uma discussão com o anjo a respeito de que se Deus estava com o povo, porque o povo sofria? O anjo o desafiou a solucionar o problema, já que ele duvidou da presença de Deus com o povo (Juízes 6:14.)
> - Isso não, eu não sou capaz,- ele então procurou esquivar-se da missão, veio com aquela ladainha que era o menor da sua casa, e a sua família era insignificante, de uma tribo sem importância nenhuma, Gideão não se achava valente, mas Deus iria fazer dele um líder corajoso.
> Quantos de nós não nos achamos bons ou suficientes para realizar algo, imagine algo grandioso, temos uma consciência inferior de nós mesmos, aliás inferior não, mas real, e transmitimos essa visão de nós mesmos para Deus, e temos achado que Deus não pode nos ajudar a fazer a obra. Não cremos em nós e nem que Deus pode.

> 2- Eu estou contigo

> Deus afirmou por várias vezes que estaria com ele, (juízes 6:16).
> Pela palavra:
> -  Já que eu estou contigo ferirás os midianitas como se fossem um só homem.
> Por sinais: fogo de Deus consumiu a oferta de Gideão, depois orvalho na lã, depois orvalho em volta da lã, ( juízes 6: 36 a 38 e juízes 6:39 e 40), na véspera da batalha Deus permitiu que ele ouvisse conversas dos soldados dos mi
dianitas, (juízes 7:9 a 15)
> Por promessas cumpridas: livramento do povo pela mão de Gideão ( juízes 6:16 e 7:7 a 22)
> As demonstrações de Deus foram convincentes que então Gideão se converteu.
> A incredulidade de Gideão foi tremenda ali, parecida com a nossa, que vem palavras na nossa vida, sinais, promessas se cumprindo, Deus tem se mostrado conosco a cada dia, e nós ainda esquivando-se do chamado.

> 3- A missão começa em casa

> A primeira missão: destruir os ídolos da própria casa do pai e fazer um altar novo ao Senhor no lugar( juízes 6:25 e 26), os vizinhos ficaram irados, mas o pai de Gideão entendeu o ato de seu filho e o defendeu,  - um 'deus' que não consegue se defender sozinho contra um punhado de pessoas , não merece a defesa de ninguém,
> Joas pai de Gideão foi o segundo a se converter.
> A missão começou em casa, no novo e no velho testamento, Deus destaca a nossa responsabilidade em relação a nossa família; filhos obedeçam; maridos e esposas amem um ao outro; pais eduquem seus filhos nos caminho em que devem andar, na disciplina e admoestação; nosso principal alvo e primordial é influenciar a nossa família. (Josué 24:15)

> 4- Deus dá a vitoria.

> (Juízes 7) São agora 32.000 homens para o conflito do lado de Gideão e do lado do exército inimigo cerca de 135.000 homens. Isso faz com que sejam 4 inimigos para cada hebreu, Deus não deixou tudo isso, e em duas etapas diminuiu a força militar de Gideão de 32.000 homens primeiro para 10.000 homens, agora eram 13,5 inimigos para cada hebreu, mas Deus deu mais uma cortada básica no pessoal e a força militar de Gideão caiu para 300 homens, isto é 450 homens para cada hebreu do exercito de Gideão.
> Na lógica uma batalha impossível de se vencer, mas Deus tinha um propósito bem definido nesta redução de força, não seria com a mão do povo que essa batalha seria ganha, mas pelo Senhor esta vitória viria.
> Ainda muitas pessoas não aprenderam essa lição muito simples de Deus, confiam em números, achando que grande multidão são evidência da aprovação de Deus, que só por estar crescendo e dando certo as coisas, há uma benção de Deus ali, dependem de estratégias, táticas humanas e carnais para alcançar crescimento de suas igrejas. E no fim, se gabam em seus relatórios, destacando seus grandes feitos.
> Muitos tem confiado em grandes números, igrejas que pensam por contarem com grupos exorbitantes de membros estão dentro da vontade de Deus, e continuam a promover atividades não espirituais para aumentar ainda mais a freqüência.
> As mensagens são diluídas para o interesse dos ouvintes que na maioria das vezes ainda são carnais e se esqueceram do negar-se a si mesmo, e querem ouvir só de prosperidade e se satisfazem em ouvir um evangelho a preço de toque de caixa, onde o receber ainda é melhor do que o entregar. 
> Edifícios faraônicos atraem as pessoas que se prendem a patrimônios que muitas vezes foi construído sem nenhuma aprovação do Senhor, mas somente para o delírio dos lideres que se ensoberbecem com tal obra. Não querem aceitar um Salvador humilde que nasceu "acreditem se quiserem" sem nenhuma "pompa" dessas.

> 5- rejeição dos que ficaram em cima do muro.

> (Juízes 8: 1a 21 )
> Os soldados pediram pão nas cidades de Sucote e Penuel ainda durante a batalha, eles estavam  exaustos, mas os homens dessa cidade não mostraram coragem para tomar uma postura diante da luta dos seus compatriotas, ficaram com medo de ofender o rei dos midianitas, então se recusaram a ficar em pé ali com o exército de Gideão, só mesmo depois que a poeira baixou, e eles viram que a vitoria era mesmo de Gideão, e eles apoiaram aquela causa.
> Uma preocupação política, ao invés de convicção espiritual, pensaram mais na influência de homens importantes, do que na palavra de Deus, Gideão não aceitou tal postura, e ele depois voltou a essas cidades e castigou os covardes que se recusaram a apoiar os servos do senhor na hora da batalha. 
> (1 reis 18:21) "ate quando coxeareis ene dois pensamentos? Se o senhor é deus, segui-ló; se é Baal, segui-ló. Porem, o povo nada respondeu.
> Hoje pessoas religiosas alegam ser discípulos de Jesus, mas demonstram a mesma covardia, definem suas posições doutrinarias e práticas pelo vento das opiniões, aceitam mais o que a mídia prega do que a verdade das escrituras, mais suas próprias conveniências do que a palavra de Deus, se tornam donos de um evangelho particular que não é encontrado em nenhum livro sagrado.
> Temos que tomar uma posição, ou defendemos a palavra de Deus ou então não sejamos hipócritas de dizer que ainda somos cristãos.

> 6- bons homens também tropeçam. (Juízes 8:22 a 35)

> Apesar de sua ilustre carreira militar, Gideão não era perfeito, o povo lhe agradeceu pelo livramento com presentes de ouro, então ele fez uma estola sacerdotal com este ouro que ganhou, não conhecemos a intenção dele para se fazer isso, porém o resultado disto foi que gerou uma forte idolatria na nação. Aquele artificio de ouro virou um ídolo, e isso foi a causa do próximo ciclo da apostasia de Israel.
> As vezes bons homens nos ajudam a sair da confusão em que nossas vidas se encontram, como Gideão ajudou a Israel naquele momento, homens podem nos ajudar mostrando a respeitar e crer na palavra de Deus, nos ajudar a por em ordem tudo que fazemos e acertarmos nossas vidas de acordo com os Propósitos de Deus, mas esses ainda são homens.
> Assim como Gideão ajudou a tirar a idolatria do meio do povo, assim ele mesmo sem a intenção, conduziu o mesmo povo a idolatria. Ironia triste, porém essa história no cristianismo é muito comum, novas denominações surgem para se desvencilhar de práticas tradicionalistas que a outra estava impregnada, mas logo em seguido forma a sua própria tradição, e se impregna nela também e ai vem outra com a mesma intenção e mais outra e mais outra.
> O fato de que alguém tenha nos ajudado no passado não garante que ele sempre nos conduzirá pelo caminho certo. Não são poucos homens de Deus que se perdem na caminhada por criarem uma teologia nada bíblica, afirmando ser bíblica utilizando de textos fora de contextos para se afirmarem.
> Paulo mostra que bons exemplos ajudam somente quando seguem a Cristo 
> (1 Corintios 11:1)

 e também disse: " julgai todas as coisas, retendo o que é bom, abstende-vós de toda a forma do mal " (1 tessalonicenses 5:21 e 22)

Conclusão: Gideão será lembrado pela sua fé.  A sua grandeza não encontra-se na sua força física, nem na sua inteligência, nem na sua auto confiança, ele não se destacou por ser um grande homem, mas sim por ter um grande Deus.
> Deus é capaz de transformar os fracos, os tímidos e os abatidos, e dar a eles grandes vitórias, e a todo o seu povo. 
> (Juízes 8:23) "o senhor vos dominará"